quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Galiza: o campo de golfe de Europa


À marbelhizaçom do litoral, às minicentrais, às eólicas, ou à poluiçom ambiental, há que somar, desde há uns anos, um outro factor que contribui com pasos de gigante à destruiçom do território: os campos de golfe.Por se a situaçom actual nom fosse já preocupante, nestas últimas semanas deu-se um paso mais na colonizaçom da terra a maos das classes mais altas e estrangeiras. O presidente da IAGTO (Associaçom Internacional de Touroperadores de Golfe) ficou francamente surpreendido, trás a visita ao nosso país, do “potencial golfístico” que este presenta. Segundo o seu critério, Galiza é o lugar mais apto para a prática de golfe que jamais viu nos seus onze anos de trabalho: três aeroportos para cubrir umha zona nom demasiado grande, qualidade nas instalaçons hoteleiras, e, polo de agora -pontualiza-, nom demasiado massificado. Tam espantado ficou com a nossa terra que a conversom da Galiza no macro-campo de golfe de Europa tem já data: apenas dous anos. De facto, tanto a Conselharia de Turismo como a IAGTO tenhem em mente a criaçom do “Caminho do Golfe” (umha iniciativa semelhante à traçada em 1997, a “Ruta Celta do Golfe”), um projecto que consiste em umha ruta polos campos da Galiza e, acorde com a classe social dos golfistas, a estância nos melhores hoteis e balneários do país.


Defesa da terraPara a construçom dum destes complexos golfísticos é necesária a expropiaçom de casas e terreos, incluso de pequenas aldeias inteiras. O desfrute dumha minoria do mais elitista (os dados nom deixam lugar a dúvidas) e estrangeira, sai-lhe bem caro aos e às galegas que trabalham a terra ou que simplesmente moram lá onde o caprichoso olho dos empresários golfistas se deixa cair.O desporto é nestes casos um outro jeito de colonialismo. Produçom de energia para exportar, centros de arte para o turismo mais elitista, campos de golfe,... A defesa da terra é hoje mais necesária do que nunca antes.

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